Idade, tempo e idéas

Se vivêssemos 200 anos  isso não seria sinônimo de que teríamos feito mais, ou melhor. Nosso pico de inteligência pode estar em idades mais jovens onde tudo é novidade, onde habita a curiosidade. Um espírito poderia manter-se jovem por 200 anos ou mais, mas no momento em que passassem a habitar somente as velhas idéias ele passaria a ser velho. E como manter-se jovem se o tempo nos marca como fogo em brasa. E como manter-se jovem se é próprio ato de pensar que nos envelhece?

Cidade: homem-máquina

Interessante a relação homem-cidade: quanto mais cidade o homem fica menos homem ele deixa de ser. É o homem que inventa a cidade e a cidade reinventando o homem. É o homem inventando o que o reinventa. Quanto mais inventos, mais se reinventa e ao longo de décadas e séculos perde sua essência animal. É homem que não lembra do toque do gramado ou do verdes das florestas. É homem cimento. É homem: máquina. É a maquina que facilita a vida para aumentar o tempo. É muito tempo para mais atividades se dedicar. É o homem cansado de ser máquina através da máquina. É homem-máquina que não se quebra, morre.